Desafio 20 anos, 20 livros: Recapitulando + #5 O que eu penso sobre... Deixe a Neve Cair - John Green

Oi oi pessoal!

Aqui estou eu tendo a decência de atualizar o desafio 20 anos, 20 livros! Para quem não sabe (ou não lembra) esse é um desafio autoimposto com origem no meu aniversário. Dia 07 de junho eu completei 20 outonos e em comemoração minha família se reuniu para me me dar 20 livros, legal né? *---*

Sendo assim, eu decidi ler e falar sobre todos eles aqui no blog seguindo uma ordem de sorteio que eu mesma fiz e expliquei nesse post. O que eu preciso avisar para vocês é que a ordem da lista será alterada para maior regularidade dos posts, sendo assim os livros que eu sei que irei demorar mais para ler ficarão para depois, okay? Sugestões quanto a isso são bem-vindas. :)

Bom, explicações feitas, vamos ao livro da vez!

Hoje eu vou falar sobre o Deixe a Neve Cair, um livro que reúne três contos escritos respectivamente por Maureen Johnson, John Green e Lauren Myracle. A proposta desse livro é que cada um dos três escreve um conto que se passa no natal. O que eu achei mais legal nesse livro é a interligação feita entre as três histórias e seus personagens.

Se eu pudesse resumir esse livro em uma palavra, seria natal.

Isso é óbvio né Juh, a ideia do livro é essa!

Eu sei, eu sei. Só que eu não falo só do natal em si, falo de todo o sentimento que essa data me remete. Para muitas pessoas essa data é complicada por diversos fatores bastante compreensíveis, mas eu sempre tive boas memórias dessa época do ano como família reunida, momentos divertidos... e foi exatamente isso que o livro me passou. 

Sabem aqueles livros que você consegue sentir as sensações que ele te propõe? Comigo foi assim, eu sentia o cheirinho do peru no forno, o gosto do chocolate quente, o som da chuva caindo e até a sensação de frio. Como ganhei ele de aniversário, não cheguei a ler no natal, mas sabem que eu acho que foi até melhor? Porque no Brasil o natal é no verão, e mesmo fora de época ler no inverno fez com que eu me conectasse bastante com a história, talvez até mais do que se tivesse lido na data certa!

O primeiro conto é O Expresso Jubileu, que narra a história de Jubileu no dia que era para ser o mais perfeito do ano, onde ela comemoraria não só o natal, mas um ano de namoro com Noah, seu namorado maravilhoso. Mas os seus planos vão por água abaixo quando seus pais, colecionadores obsessivos pela Casa de Papai Noel da Flobie vão presos e ela precisa embarcar de última hora num trem e ir passar o natal com seus avós. Não bastasse tudo isso o trem ainda fica preso na neve bem no meio do caminho, e ao ser obrigada a aturar um grupo de líderes de torcida que também estavam no trem Jubileu vê como única saída passar a noite em uma Waffle House que avistara da janela do vagão. Lá ela conhece Stuart, um garoto simpático e cavalheiro que a convida para esperar o tempo melhorar em sua casa até que a situação se resolva, e como Jubileu já não possuía nenhuma outra alternativa melhor, decidiu aceitar.

A história de Maureen foi absurdamente fofa, sabe aqueles romances que te prendem na história e você só consegue pensar "owwnt!"? E bem esse tipo de história, além de que com ela você começa a pensar que até mesmo nas piores situações algo bom pode vir a acontecer e que provavelmente não aconteceria se tudo estivesse ocorrendo bem. Então se você quer se animar, leia ela!

O Milagre da Torcida de Natal se passa na mesma história que o primeiro, e conta a história de três amigos que interrompem uma maratona de filmes no natal quando um dos atendentes da Waffle House liga para eles avisando que líderes de torcida estão lá ensaiando seus números e não vão sair tão cedo. Tudo parece muito simples, mas acrescente a isso o problema de que os outros dois funcionários do lugar também chamaram seus amigos e apenas um dos grupos poderia entrar e ainda assim deveriam ter um twister em mãos. A partir dai começa uma verdadeira corrida maluca na neve e acontece todos os perrengues possíveis.

Confesso que não gostei tanto assim da história do John Green, achei a história meio sem propósito. Como já disse anteriormente as três histórias formam uma sequência, e o que me pareceu foi que a do John serviu só de elo entre as outras duas, mais nada além disso. Até porque as outras duas são mais profundas, mostram todo um desenvolvimento de seus personagens no momento em que eles superam grandes adversidades, enquanto a do John eles passam trabalho por algo absurdamente besta que sinceramente não tirei ensinamento algum e depois tudo termina bem. Desculpe quem gostou desse conto, mas sinceramente não vi nada demais nele.

A terceira e última história, O Santo Padroeiro dos Porcos conta a história de Addie, que está desesperada pelo término de seu namoro e por isso ter sido inteiramente sua culpa, mesmo que ela tenha certa resistência em admitir. Na tentativa de se redimir ela convida Jeb, seu namorado, para encontrá-la no Starbucks que é onde ela trabalha. Tudo piora quando Jeb não aparece e nem entra em contato, a fazendo acreditar que ele não quer mais saber dela. Na manhã de natal ela chama suas melhores amigas para que elas a apoiem, mas as coisas não saem como o esperado e elas acabam brigando pelo fato de uma delas a acusar de ser egoísta e querer que tudo saia à sua maneira, o que Addie acredita ser uma completa calúnia, mesmo que no decorrer da história outros personagens demonstrem pensar o mesmo que sua amiga.

Esse conto me fez pensar bastante. Eu comecei não gostando dela, achando que ia ser uma história mais deprê em que a personagem principal possui doutorado em mimimi, mas não! Ela dá uma volta e tudo começa a se encaixar, terminando de um jeito bem fofo e se unindo muito bem com as outras histórias, é até engraçado ver todos os personagens juntos.

" – Adeline, você torna as coisas muito mais difíceis para si mesma do que precisa – falou ela. – Garota bobinha, não é o que o universo nos dá o que importa. É o que nós damos ao universo."

Essa citação me fez pensar bastante, porque se formos analisar isso é verdade, eu acredito que se nós damos coisas boas ao universo, nós receberemos coisas boas em troca também. Vendo todo o amadurecimento da personagem e as questões em que ela começa a pensar, automaticamente nós vamos nos analisando junto, porque convenhamos, quem nunca se colocou de vítima em uma situação sem nem mesmo parar para pensar na outra pessoa envolvida? Quem nunca fez drama a troco de nada?

Por questões assim, pela história em si e pela forma como ela foi contada, que de longe O Santo Padroeiro dos Porcos foi minha história favorita.



E vocês pessoal, já leram o livro? De qual dos três contos mais gostaram? Deixem suas opiniões nos comentários!


Por hoje é isso!
Kissus kissus! o/