#3 O que eu penso sobre... Viagens de Uma Psicóloga em Crise

Olá pessoal!

Aqui estou eu com mais uma resenha para vocês, mas esta é especial, ela é o resultado da primeira parceria do blog!!

Essa parceria foi possível graças à total disponibilidade da psicóloga e escritora Graziela Bergamini em aceitar me enviar um exemplar do seu livro para que eu lesse e compartilhasse minhas opiniões com vocês.

Primeiramente eu gostaria de fazer um pequeno comentário sobre a aparência do livro. Eu sei que como diz um velho ditado "não se deve julgar um livro pela capa", mas gente, olhem essa capa! Seria até pecado não falar nada sobre ela, além de que existe uma harmonia entre a arte da capa e o título, algo que realmente te deixa com vontade de ler e saber do que a história se trata, assim como também a forma como cada capítulo se apresenta ficou lindo e contribui para que a gente entre na história.

Agora sim vamos ao que realmente interessa e que vocês querem tanto saber: a história.

Aos 21 anos, cansada da mesmice de sua vida e em dúvida quanto à escolha da profissão, Graziela decide passar três meses sozinha na Índia com o intuito de receber um verdadeiro choque cultural na esperança de assim possuir uma nova compreensão sobre a vida. Esse parece ser um belo livro de ficção, certo? Errado. O que eu contei agora na sinopse, e tudo mais o que vocês vão encontrar no decorrer do livro é real.

A dinâmica de relatos do livro é maravilhosa, tudo contado de um jeito leve, simples e direto tornando possível que qualquer um – estando em contato direto com a psicologia ou não – consiga compreendê-lo e desfrutá-lo. Os capítulos são curtos, mas na medida certa para tornar a leitura fluida e rápida, sendo possível lê-lo em uma tacada só. Mas se quiserem um conselho, não tenham pressa, aproveitem a leitura e todos os questionamentos que surgirem pelo caminho.

Todo mundo deveria experimentar um choque de cultura e realidade pelo menos uma vez na vida, e para você que deve estar pensando: "Ah, mas como vou fazer isso se não tenho condições de ir nem na cidade vizinha, quanto mais ir à Índia?!". A solução é simples, basta olhar para os lados. Olhar de verdade e com atenção, porque ao nosso redor já existe uma diversidade enorme de cultura, hábitos e principalmente de pessoas, só que na nossa pressa cotidiana nós ignoramos tudo isso porque precisamos cumprir tarefas e chegar do ponto A ao B o mais rápido possível, esquecendo que dentro deste espaço existem muitos subpontos que merecem a nossa atenção.

E, além disso, mesmo os relatos sendo reais acredito que a Índia pode servir como uma metáfora para uma viagem muito mais longa, complexa e até mesmo dolorida, mas com uma riqueza e importância sem igual: a viagem dentro de nós mesmos.

Particularmente meu primeiro impacto foi descobrir a idade que ela tinha ao fazer essa viagem. Eu sei que para alguns – talvez a maioria – isso seja algo simples, mas para mim foi bem difícil de acreditar, e tudo porque nessa época ela era apenas um ano mais velha que eu. Confesso que passei boa parte do livro pensando é sério isso? para cada história contada, e o mais surpreendente é que sim, é sério! 

Questionamentos privados à parte, o que realmente gostei nesse livro é o jeito como assuntos importantes como crises, sexualidade e autoimagem são falados através de uma forma mais pessoal e menos didática, forma essa que é muito mais eficiente em nos transportar para dentro do nosso imenso mundo interior e encararmos nossos próprios pensamentos, e como a autora diz:

"Precisamos, sem medo, olhar bem nos olhos de cada fantasma, cada pensamento ruim que nos coloca para baixo. Precisamos confrontar cada crença errada e buscar algo mais próximo da realidade."

Eu poderia passar muito mais tempo falando desse livro incrível, mas vou parar por aqui e deixar que vocês mesmos o leiam e viajem através dele. E então, vamos à Índia?

É isso pessoal, espero que tenham gostado da resenha. Alguém já leu o livro ou pretende ler? Deixem suas opiniões, dúvidas e sugestões nos comentários.

Kissus kissus, até a próxima! o/